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sexta-feira, julho 08, 2005
War of the Worlds


Spielberg, mais uma vez, conseguiu.

Tudo o que é blog por aí fala da importância que spielberg dá à família, e como neste filme isso é mais do que óbvio vou passar esse assunto à frente e falar de outros aspectos que me agradaram em War of the Worlds.

Este parece-me ser o filme perfeito para outros realizadores visionarem com atenção e perceberem que tudo o que andavam a fazer estava errado.

1º O desconhecido é bem mais ameaçador do que imagens de destruição violentas e globais. Ou seja, Mais impressionante do que uma nave gigante a destruir com um só raio a Casa Branca (Independence Day) é o desespero de um homem que acorda com aviões despedaçados no seu quintal.

2º Ninguém quer saber as histórias de um homem que sozinho salva o mundo, porque ninguém se pode identificar com ele. Mas alguem que é capaz de deitar fora o seu mundo para que os seus filhos o amem e para os manter a salvo, aí acredito que muita gente se identifique com o que está a ser contado.

3º Chega de romances e de matar um dos amantes. Fazer alguém chorar por uma morte é demasiado fácil. Por outro lado, comover alguém com uma cena em que um pai tem de escolher entre um dos filhos não é para todos. Mas, relembro, estamos a falar de Steven Spilberg.

4º Os aliens se vão aparecer têm de ser credíveis, não se pode correr o risco de fazer um filme sobre extra-terrestres e descredibilizar os seres. M. Night Shyamalan falhou redondamente em Signs quando apresentou os seus aliens. Eu achei-os ridículos e conseguiram destruir a minha opinião sobre o filme, que era bastante positiva. Em War of the Worlds os aliens convencem e faz sentido que eles apareçam (porque para mim Signs era perfeito se nunca tivessem mostrado os extra-terrestres).

5º As explosões com muito barulho e que provocam muitos estragos já não assustam. O aspecto visual é muito importante mas, hoje em dia, já é dificil surpreender. Se querem realmente manter alguém atento e com o coração na boca, a cena na cave do personagem de Tim Robbins é perfeita, talvez a melhor de todo o filme. O silêncio que immpera, As transições de plano, a montagem, tudo se conjuga para uma cena de génio. O pequeno show-off de Spielberg, que se ri com a facilidade com que consegue filmar uma sequência perfeita.

6º e último que já me estou a alongar bastante. Se querem garantir que o filme sai como pretendiam, a escolha de actores é fundamental. Especialmente conhecer os actores com quem se trabalha, saber do que eles são ou não capazes. Quem é que escolhe Ben Affleck para Armageddon e acredita realmente que ele tem potencial? Ou quem é que imagina que o Will Smith de Independence Day é o mesmo de Ali ? Claramente uma falha na direcção de actores. O trabalho do realizador é também esse, saber escolher os actores e direccioná-los no caminho que pretende seguir.

Tom Cruise está melhor do que nunca, desdobra-se em emoções e num filme que se centra maioritariamente na sua personagem consegue prender a atenção, não nos cansa. Dakota Fanning carrega o fardo de ser uma menina prodígio. Alternando o seu personagem com tons cómicos, histéricos, desesperados e perturbadores, a actriz, por instantes, aliena-nos do facto de ter apenas 11 anos, demonstrando um talento para lá da compreensão. Justin Chatwin revela-se uma agradável surpresa estando à altura do elenco que o acompanha. Por último, Tim Robbins tem um dos mais marcantes papéis secundários de que há memória, provando que o seu oscar por Mystic River não só é merecido como já vem com algum atraso.

À luz da magnificência de todo o filme os pontos negativos são pouco relevantes. Ainda assim há que mencionar a curta duração do filme, que podia ter explorado mais detalhadamente algumas situações, especialmente o final. Um desfecho demasiado abrupto, quase "a despachar". Confesso que tive algumas dificuldades a entender o fim, andei a pesquisar outras opiniões para confirmar se realmente era o que tinha percebido. Mais 10 minutos de filme fariam toda a diferença.



A minha classificação é de: 8/10

Etiquetas:

posted by not_alone @ 20:16  
8 Comments:
  • At 9/7/05 21:34, Blogger MPB said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 9/7/05 21:35, Blogger MPB said…

    Por acaso, não acho que falte muito ao final, acho sim que falta algo no inicio ou no meio. Falta vincar claramente a relaçao familiar, porque o final é sustentado, ao longo do filme todo, logo apartir do genérico e ainda temos a ajuda da voz off, que acentua aquilo que era nais ou menos claro na sequencia da chegada de Ray à cidade, e vê a estátua ;).

    Não é o grande filme que pretendia, mas também não é mau.

    Cumprimentos

     
  • At 11/7/05 11:51, Anonymous Anónimo said…

    Não conseguiu igualar as minhas expectativas e até me desiludiu um pouco...análise em breve no meu blog.

    Cumps. cinéfilos

     
  • At 14/7/05 15:12, Blogger David Santos said…

    muito bom. esperemos pela versão de dvd que tem 150 minutos. É o regresso de Spielberg à ficção cientifica. Parece que tava toda a gente estava à espera de algo transcendente por ser de quem é, mas o que posso dizer é que tomara muitos bons realizadores chegarem aos calcanheres de cenas como a inicial deste filme, a da carrinha, a do barco, a da cave e manter a atenção do espectador até ao final do filme. 8/10

    Queria muito dar o 9, mas merecia um final maior do que estava para trás...se calhar ate o é o tal reconhecimento : PAI... mas...

     
  • At 17/7/05 21:32, Anonymous Anónimo said…

    não vi o filme, as finanças andam más, concordo plenamente com o que disseste sobre o Signs e acho que se o filme explora mais a capacidade imaginativa do espectador já tem pontos a favor.

     
  • At 5/8/05 08:21, Blogger Unknown said…

    Não gostei do filme.

    Demasiado previsível, sem compromisso com a precisão e com demasiadas pontas soltas no argumento. A análise que fazes é justa mas deixas de fora os aspectos menos bons do filme, como por exemplo, os tiques claustrofóbicos de Cruise, em paralelo com "Minority Report".

    Depois, a pouca coesão do enredo deixa o desejo de, ao invés de perder tempo com o mais recente filme de Spielberg, nos deleitarmos com a verdadeira obra-prima que bebeu do livro de H.G. Wells - a sessão radiofónica com que Orson Welles assustou o mundo em 1938. Essa sim, é a genuína "Guerra dos Mundos". Este filme, com ou sem Spielberg, com ou sem Cruise, é um exercício fátuo de cinema.

    http://apartes.blogspot.com

     
  • At 23/10/05 15:48, Blogger Gustavo H.R. said…

    Concordo em muitos pontos com seu texto, especialmente em relação aos pontos negativos. Spielberg cortou uma longa e espetacular seqüência com Cruise e os tripods, e teria sido arrebatadora se tivesse sido mantida. Spielberg geralmente faz filmes "longos", e a brevidade deste é estranha e impede que a trama se desenrole mais detalhadamente.
    Basta torcer para que vejamos algumas cenas deletadas no DVD (não haverá versão de 150 minutos).

     
  • At 24/7/08 22:19, Anonymous Anónimo said…

    Fiquei desiludida com este filme pois apresentou "algumas cenas" e algumas ideias do filme original de 1953.Poderiam aos menos serem mais originais...O primeiro filme é o melhor

     
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